quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Introdução

Há quem acredite e afirme que o homem, em sua essência, é bom. Se isso é verdade, como se explica esse desconserto de um mundo que, no limiar do século XXI, repete com sofisticado aparato tecnológico, as piores atrocidades do passado?

Existem também, no entanto, os que acreditam exatamente no oposto, ou seja, que a própria história da humanidade é feita pelos que devoram, de um lado, e pelos que só podem se deixar devorar pelo outro.

Felipe (Antonio Fagundes), o nosso protagonista, é um expressivo representante do primeiro grupo. Egoísta ao extremo, vaidoso e narcisista, considera-se acima do bem e do mal, achando que tudo lhe é permitido e lhe é devido. Para ele, as outras pessoas só existem na medida em que satisfazem seus desejos e prazeres. Cirurgião plástico cujo talento trouxe benefícios a muita gente, colocou seu sucesso profissional apenas a serviço da sua satisfação pessoal, representante que é de uma elite caduca, para a qual o comum dos mortais é lixo. Nas mãos de Felipe, as mulheres são simples brinquedos descartáveis. Stella (Glória Pires), com quem é casado há mais de oito anos, tem sobre as outras a vantagem da grande fortuna do pai.

Motivado por essas convicções, Felipe vai interferir de maneira desastrosa na vida de Márcia (Malu Mader), jovem, bela, vital, pura, um desses seres, enfim, que poderiam ter inspirado essa tal crença na bondade essencial do homem.

Da sinopse original de O Dono do Mundo, escrita por Euclydes Marinho, Gilberto Braga e Leonor Bassères, de janeiro de 1991.


Novela de Gilberto Braga
Escrita com Ângela Carneiro, Leonor Bassères, Ricardo Linhares e Sérgio Marques.
Colaboração de Aguinaldo Silva, Euclydes Marinho e Silvio de Abreu.
Direção de Dennis Carvalho, Ivan Zettel, Mauro Mendonça Filho e Ricardo Waddington.
Direção geral de Dennis Carvalho.

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