Diretamente da sinopse original de O Dono do Mundo, os perfis dos
principais personagens, com adendos para personagens que entraram no decorrer
da novela.
Os
Ricos
Felipe
Barreto (Antonio
Fagundes)
39 anos. Atraente, forte, bonito,
dominador e sedutor, nosso protagonistas. Apesar da idade, já um dos grandes
cirurgiões plásticos do Brasil. Iniciou a carreira como assistente do Professor
Ivo Pitanguy e, cerca de oito anos atrás, o casamento com Stella, a filha de um
poderoso industrial, proporcionou-lhe a abertura de uma clínica com seu nome,
primeiro passo decisivo para a ascensão profissional e, no início da narrativa,
parece não ter limites. Nasceu relativamente rico, mas seus pais, Altair e
Constância, foram perdendo patrimônio aos poucos, de modo que, quando começa
nossa história, dependem financeiramente do filho. Desde muito jovem, em parte
influenciado pelo temperamento da mãe, Felipe mostrou-se um pouco
exageradamente ligado aos valores materiais da vida. Pelo pai, sempre teve
ternura, mas não admiração. No fundo, considera-o um fraco e nunca o perdoou
por ter vendido, quando Felipe era criança, a indústria de produtos
alimentícios da família para Herculano, com a filha de quem acabou se casando.
Ótimo aluno, inteligente, trabalhador, muito cedo Felipe acostumou-se a dividir
o mundo entre vencedores e perdedores, e lutou com unhas e dentes para
conquistar seu espaço entre os primeiros. Com efeito, Felipe é hoje o típico
retrato do vencedor exageradamente satisfeito consigo mesmo, com suas conquistas,
desprezando o que considera “comum dos mortais”. É, no entanto, suficientemente
ladino para esconder dos que o cercam, em especial os empregados da clínica,
este seu desprezo pelas pessoas mais modestas. Um traço divertido do desenho da
personagem é que Felipe é supersticioso de forma quase doentia.
Conquistador compulsivo, habituou-se a
ter todas as mulheres que desejou, conseguindo parecer virtuoso apenas à
esposa, por quem tem um grande respeito e carinho, mas não exatamente amor.
Stella é inteligente, culta, viajada, o tipo de esposa conveniente à sua
ascensão, para a qual, com efeito, contribuiu e continua contribuindo bastante.
Com o melhor amigo, Júlio, seu assistente pessoal e companheiro de todas as
horas, Felipe costuma fazer apostas quando surge à sua frente uma mulher
desejável que lhes pareça uma conquista difícil. Felipe se orgulha, a cada mês,
de ter conquistado “mais uma esposa virtuosa”, ou “mais uma viúva
inconsolável”. Seu sogro tem quase certeza destas infidelidades e, com frequência,
ameaça Felipe das maiores punições caso o grande cirurgião venha algum dia a
fazer sua filha sofrer. Além da forte devoção à carreira – traço dominante de
sua personalidade – Felipe é muito apegado a todo o glamour do mundo dos ricos.
Tem já uma bela coleção de quadros e objetos de arte, um universo que o
fascina. Quando começa a nossa história, além da clínica, em que o sogro
Herculano é seu sócio, Felipe tem um belíssimo apartamento no Rio, que ainda
esta pagando. Frequentemente, Herculano, o sogro, o critica por ir com muita
sede pote, ter tendência a dar o salto maior do que as pernas, endividar-se
para usufruir de todos os luxos de que tenha conhecimento. Baseado apenas em
força de trabalho, um grande talento e sucesso profissional, Felipe leva uma
vida luxuosa acima das suas reais possibilidades materiais, porque no início de
nossa história sua verdadeira segurança material ainda vem do sogro. Apesar
disso, Felipe sente-se o dono do mundo, o todo-poderoso, o vencedor capaz de
conseguir qualquer coisa que deseje.
Júlio (Daniel Dantas)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGKSAXlifByBkcDmLIMJNGvGoIRH9hh8pZY-3KoSTyPZ_rG63ovNUmKYo-7KGQNU9V4PVNbPjZV0S-nr10afDY6zDFW00TTNv4fE4-rR9mAzmlmj_GhW_7InPDp0AtIFQSgdHeAmoo5zvl/s1600/577738-7497-ga.jpg)
Karen (Maria Padilha)
32 anos. Esposa de Júlio, muito
ambiciosa, está sempre reclamando que o marido não tem o nível de vida que
merece. Cria o sobrinho Paulo, cuja gorda pensão é a principal fonte de renda
da casa. Bajuladora, subserviente com os ricos. Falsa amiga de Stella, a esposa
do protagonista. Dona de uma galeria de arte, frequente ponto de encontro de
nossos personagens classe A.
Marcelo (Leandro Figueiredo)
11 anos. Filho de Júlio e Karen, primo
de Paulinho.
58 anos. Sócia de Karen na galeria de
arte. Simpática, inteligente, elegante, espirituosa, um pouco cínica. Ao
contrário Karen, Zoraide deverá conquistar a simpatia do espectador. Melhor
amiga de Olga, sua confidente. Com frequência, Zoraide toma pileques
memoráveis, que não pretendemos criticar, porque nossa personagem não é uma
alcoólatra. Nascida na França, de onde nos chegou no início da adolescência,
alguns de nossos personagens pronunciam seu nome em francês. Na segunda parte
da história, Zoraide vai ser sócia de Márcia, a protagonista, num antiquário.
Herculano
Maciel (Stenio
Garcia)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUl5dnkGbuSsjlKmFAYkWG5PB3L4d3en_6XtweZeygz0OoaJVUdXGC7hfSdG7efqyF3yEocQzIboQPGFfv265E1inGqzBKUZ81eo58uGJyNYQvX5U6YpLKPS7cUbrat397He1rHpf_8Nzd/s1600/stenio3.jpg)
Stella (Glória Pires)
28 anos. Esposa de Felipe, bonita,
educada, muito fina, filha de Herculano. Sua mãe morreu quando era ainda muito
jovem e sua irmã, que ela ajudou a criar, uma criança. Estudou na Suíça e
aproveitou bastante sua educação requintada, o que a transformou na mulher
ideal para a ascensão profissional de Felipe, a companheira perfeita para o
grande cirurgião cada vez mais próximo ao universo do internacional set, ao
qual Stella tem acesso via algumas amigas europeias, ex-colegas de colégio
interno. Uma moça adorável, de quem todos gostam. Inteligente, divertida, muito
culta, elegante, tem sido a companheira ideal para a ascensão profissional do
grande cirurgião. Estudou Jornalismo, mas não seguiu carreira porque a
atividade profissional não era compatível com o trabalho full time de mulher de
celebridade. Quem a vê circulando com tanta segurança nos melhores ambientes do
primeiro mundo dificilmente a imaginaria filha de Herculano, o milionário
simplório, que ao glamour do mundo dos muito ricos, prefere a cidade do
interior de São Paulo onde nasceu. Desde o instante em conheceu o marido,
Stella apaixonou-se perdidamente por Felipe, com quem veio a se casar seis
meses depois. Adora o cirurgião. Inicialmente, não desconfia nem de leve de
suas infidelidades. Não por ser ingênua, em absoluto, mas porque Felipe é
inteligente, calculista, sabe ter seus casos extraconjugais mantendo sempre as
aparências e colocando sua harmonia com a esposa acima das aventuras. O fato de
não se envolver emocionalmente com nenhuma de suas conquistas ajuda bastante
Felipe a fazer da esposa uma mulher feliz. A única frustração de Stella é se u
marido não querer ter filhos, porque ela adoraria ser mãe. Forte, com a vocação
da felicidade e do equilíbrio, Stella carrega este estigma sem grandes traumas,
o fato de não ter filhos é apenas um leve toque de tristeza no mundo harmonioso
em vive. Seu traço dominante é a grande paixão pelo marido, que ela vai apoiar
sempre, por mais terríveis que possam ser os conflitos desencadeados pela
história da novela. A partir da crise conjugal, Stella terá uma relação de
amizade com Rodolfo, um rapaz simpático que descreveremos adiante.
Maria (Alana de Mourão)
Filha que Stella tivera com Felipe, no
terço final da trama.
19 anos. A irmã de Stella, filha de
Herculano. Inicialmente, mora com o pai no interior de S. Paulo. Muito bonita,
meiga, sensual. Ótimas relações com irmã Stella. Tem uma leve atração pelo
cunhado Felipe mas bloqueie totalmente estes impulsos. Nosso cirurgião tem pela
jovem cunhado um desejo intenso mas Yara é o fruto proibido. Por mais amoral
que seja Felipe, sua dependência financeira do sogro e seu relativo respeito
pela esposa o impedem de pensar em conquistar a jovem Yara. Herculano não gosta
muito do mundo - a seu ver dominado por futilidade - em que vive a filha cais
velha, Stella, em parte por causa das inclinações de Felipe, seu marido. Acha
que essa história de ter mandado a filha estudar na Suíça não contribuiu muito
para a felicidade de Stella. Por isso, fez questão de manter a filha mais
jovem, Yara, perto dele. Quer para Yara um Casamento com um homem em quem ele
tenha mais confiança, um homem mais parecido com ele. Inicialmente, Yara e mimada,
um pouco inconsequente. Terá um envolvimento amoroso com Beija-Flor, logo
dissolvido. Mais tarde, ficará entre Rodolfo, apaixonado por sua irmã Stella, e
Umberto, personagem do núcleo dos pobres, irmão de Beija-Flor. É pelo casal
Yara e Umberto que o público deverá torcer.
Isabel (Susana Ribeiro)
Amiga de Yara, inicialmente, e depois
de Márcia, com quem chega a morar, na segunda fase da narrativa. Com ela, monta
uma loja de roupas infantis. Envolve-se com Beija-Flor, enquanto este está em
crise com Taís.
Altair (Paulo Goulart)
62 anos. Pai de Felipe, casado com
Constância, por quem sempre foi totalmente dominado. Nasceu rico mas, por não
ter a vocação do mundo dos negócios, obrigado, trinta anos atrás, a vender para
seu ex-empregado Herculano a indústria que proporcionou a ascensão do sogro de
nosso protagonista. Nos primeiros capitules, tem um cargo público e reside em
São Paulo com a esposa Constância. A perda deste cargo faz com que os dois
tenham que vir morar no Rio, onde Altair (industriado por Constância) tem a
esperança de conseguir outro cargo público. Na verdade, Altair nunca produziu
de verdade. Dedicou—se enquanto pôde aos prazeres reservados aos ricos.
Apaixonado por golf, notável gourmet e cozinheiro, discretamente mulherengo.
Quando se sentir interiormente mais forte, no meio da história, Altair vai
abrir um restaurante. Primeiro, ao lado da esposa Constância, patrocinado pelo
filho. Não vai dar certo. Depois, Altair deixara de lado suas tendências
megalômanas para vencer por si mesmo, enfrentando um bom fogão. Antes disso,
terá de abandonar a esposa para assumir sua paixão por Irene, bela e simpática
negra bem mais jovem do que ele.
Constância
Eugênia (Nathália
Timberg)
61 anos. Esposa de Altair, mãe de
Felipe. Elegante, atraente, nasceu muito rica mas sua família, da chamada
aristocracia rural de São Paulo (os paulistas que orgulhosamente se intitulam
“quatrocentões”) só fez perder dinheiro a partir do final da década de vinte,
com a crise do café Assim, de dinheiro mesmo Constância só sentiu o cheiro
longínquo na primeira infância. Da família, herdou a pose, a certeza de fazer
parte de uma elite com direito a tudo, a classe dominante a quem o comum dos
mortais deve servir. Mulher extremamente dominadora, arrogante. Arraigada a
convenções, foi ela, de certa forma, quem incentivou no filho Felipe o culto do
dinheiro. Subserviente com quem lhe interessa, Constância acostumou—se, nos
últimos anos, a ajudar Felipe a esconder da esposa suas infidelidade,
consciente de que, na hipótese do casal vir a se separar, seu filho terá
dificuldades em continuar a manter o nível de vida que ela própria vem levando.
Aduladora, tem ótimas relações com a nora, Stella. Logo no início da narrativa,
Constância, por problemas financeiros, vai ser obrigada a se mudar, juntamente
com o marido, para o mesmo prédio carioca em cuja cobertura mora uma de nossas
personagens principais, Olga, mulher simpática, muito bem relacionada na alta
sociedade do Rio de Janeiro, por quem Constância sempre teve uma forte
antipatia. Dona de grande chame e alegria de viver, Olga recebe muito, seu
apartamento está sempre cheio de políticos e empresários, em parte atraídos
pela beleza e juventude de mocinhas que Olga ajuda a subir na vida. As senhoras
mais conservadoras veem nela una arrivista, e Constância fará todo o possível
para expulsar Olga do prédio onde moram, em nome da moral e dos bons costumes. Constância
é, sem dúvida, quem usa as calças dentro de casa. Vive preocupada em aumentar
seu pequeno patrimônio, três ou quatro apartamentos alugados, algumas ações.
Não sente o quanto é mesquinha e ridícula ao jogar, com pouquíssimo dinheiro,
na bolsa de valores. Lê todas as manhãs a Gazeta Mercantil e o Jornal do
Comércio. Esta sempre em litígios, querendo expulsar um inquilino no intuito de
aumentar sua pequena renda. Apesar de posuda, Constância não é absolutamente
desprovida de humor.
Rodolfo
Steiner (Kadu
Moliterno)
24 anos. Bonito, sedutor, nosso
cirurgião salva sua vida no primeiro capítulo da telenovela, após um acidente.
Rodolfo era louco pela esposa que morreu precocemente, durante o parto de seu
único filho, Paulo, agora com oito anos de idade. Rodolfo jurou nunca mais se
envolver com mulher alguma. Seu filho Paulo, é criado pelo tio Júlio, irmão de
sua falecida mãe. Na verdade, Júlio e a esposa Karen convenceram Rodolfo de que
ele não tinha condições de criar o menino, para tirar partido da situação, já
que Rodolfo tem uma renda considerável e passa a contribuir cara o sustento da
família do cunhado com uma polpuda pensão. Rodolfo estudou Jornalismo. Na época
da morte da esposa, fazia grande sucesso como correspondente estrangeiro de uma
estação de tevê. A partir da grave crise existencial desencadeada pela morte da
esposa, Rodolfo trocou o idealismo por uma profissão rendosa, embora menos
estimulante, intelectualmente. Dono de uma firma de compra de filmes
estrangeiros que revende para nossas emissoras de tevê. Inicialmente, mora no
estrangeiro e não se liga a mulher alguma, tem uma tendência à autodestruição e
uma relação difícil com o filho Paulo, criado por Júlio e Karen, já que o
menino se sente rejeitado.
A partir de uma forte relação de
amizade com Stella, a esposa do cirurgião plástico, Rodolfo vai compreender que
fixar residência no Rio e assumir a educação do filho são atitudes que podem
dar sentido à sua vida. Ao pedir ao ex-cunhado a guarda do menino, Rodolfo cria
sérios conflitos com Júlio e Karen, que perdem sua galinha dos ovos de ouro.
Nossa intenção é mostrar uma bonita relação de pai e filho. Além de resolver
criar Paulinho, Rodolfo, incentivado por Stella, volta ao idealismo de
juventude e funda uma produtora independente de programa de tevê para a qual
Stella irá trabalhar na segunda parte da narrativa, após a queda profissional
do seu marido. A amizade entre Rodolfo e Stella deverá crescer como uma bola de
neve ao longo da narrativa. Stella não tem filhos e vai se afeiçoar muito ao
simpático filho de Rodolfo. Rodolfo e Stella vão manter ao longo de muitos
capítulos uma bonita relação de amizade homem-mulher. É ele quem vai amparar
Stella em suas piores crises, seus conflitos com o marido e com o pai. A partir
de um determinado momento, Rodolfo terá de reconhecer para si mesmo que está
apaixonado por Stella e que a paixão da moça por um marido que só a faz sofrer
é doentia. O publico deverá torcer para que Stella desista de seu amor por
Felipe e se ligue definitivamente a Rodolfo. Nesta fase, Constância,
manipuladora, vai querer o filho Felipe ao lado de sua esposa Stella, tendo de
separar, para que tal aconteça, os casais Rodolfo e Stella, e Yara (que gosta
de Rodolfo) e Umberto. Generoso, numa fase adiantada da narrativa, Rodolfo vai
financiar para Altair o restaurante que vai lhe permitir assumir seu amor por
Irene e abandonar a esposa Constância.
Paulinho (Jonathan Nogueira)
08 anos. Simpático, bonito, o filho de
Rodolfo, bela relação de companheirismo com o pai. Inicialmente, mora com o
tio, Júlio, e sua esposa Karen.
Olga
Portela (Fernanda
Montenegro)
58 anos. Sem ser propriamente bonita,
Olga é uma mulher de charme magnético, extremamente elegante, capaz de seduzir
com sua verve praticamente qualquer ressoa que dela se aproxime. Brilhante,
espirituosa, é a alegria da festa em reuniões da chamada sociedade carioca,
ainda que não seja bem vista pelos mais conservadores. De um modo geral, os
jovens, mesmo bem nascidos, gostam de Olga, os homens também. Entre as senhoras
de sociedade, no entanto, só se aproximam de Olga as que têm ideias mais
modernas, cabeças mais arejadas. Sua grande antagonista na nossa história é
Constância, um símbolo de conservadorismo. Esta implicância tem alguma razão de
ser, porque Olga, apesar de simpaticíssima e envolvente, é uma pessoa
completamente amoral. Boa gente, sempre disposta a ajudar quem precisa, especialmente
os menos favorecidos pela fortuna, Olga vive há muitos anos uma vida de grande
luxo, sem ser rica em absoluto. Mora bem, num espaçoso apartamento alugado.
Viaja muito, é badalada, mundana. Qualquer relações públicas terá Olga como
figura de proa em sua lista de convidados para eventos sociais. Já para um
grande casamento, mãe e noiva vão pensar duas vezes antes de incluí-la entre os
convidados. Porque aparentemente Olga vive da profissão de marchand, compra,
vence e troca quadros, tapetes, obras de arte... Algumas contrabandeadas,
porque Olga sempre teve grande influência nos meios políticos, nunca deixou de
ser amiga íntima de pelo menos um ministro por governo, o que lhe proporciona a
muitos anos embarques e desembarques sem que seja revistada em aeroportos. Está
longe de ser uma marginal. Não faz nada que, a seu ver, possa prejudicar
alguém. Traz, por exemplo, Cada vez que viaja a Nova Iorque ou à Europa, uma
meia dúzia de tapetes para revender. E ajuda mocinhas atraentes e eventualmente
rapazes que considere talentosos, interessantes, pessoas que, no seu entender,
mereçam subir na vida. Promove encontros. Em seu apartamento, especialmente nos
finais de tarde, muitos homens de negócios sabem que podem encontrar companhia
feminina interessante. Se Olga sabe, por exemplo, que um determinado
empresário, conhecido seu, se interessou por uma moça que viu em alguma boate,
Olga dá um jeito de, diante do empresário, dizer que “pode lhe apresentar a
fulana, acho que ela vai simpatizar muito com você!” Para tal, é preciso que
ela dê um jantar em homenagem a sicrano, para dar o jantar ela deixa escapar
que precisa trocar os estofados de seus sofás, que não tem meios, também, para
arcar com as despesas da festa, e assim, com uma simples apresentação, Olga
reforma a casa e ainda garante uísque para uma boa quinzena de badalação.
Dependendo do nível da moça que conta com o seu apoio, Olga pode simplesmente
conseguir uma boa companhia de fim de semana para um industrial ou promover
casamentos. Quando junta um casal, Olga está sempre certa de que não está
prejudicando ninguém, muito pelo contrário: arruma companhia para um homem
eventualmente sem charme, e proporciona as boas coisas da vida a mocinhas que
não tiveram a sorte de nascerem ricas. Quem com ela simpatiza, quando este
assunto vem à baila, a chamaria de “matchmaker”.
Logo no inicio de nossa historia, uma
dessas moças ajudadas por Olga será nossa personagem Taís, estrela de forte
trama paralela. Em seguida, nossa heroína Márcia vai bater à sua porta também à
espera de ajuda. Constância e Altair, os pais do cirurgião nosso protagonista,
vêm morar no Rio porque Altair está prestes a conseguir um bom cargo público,
no campo do turismo. Há um bom apartamento vago no prédio de Olga, onde moram
Júlio e Karen, aluguel relativamente barato num prédio de categoria, porque
antigo e um pouco decadente. Júlio diz a Felipe: “o problema é que sua mãe não
costa de Olga, que mora no prédio”. Felipe responde: “não compete a mim
resolver, a decisão é dela”... Constância gosta do apartamento mas não quer
aluga-lo quando sabe que Olga mora ali. Há logo um choque entre as duas, um
forte antagonismo que vai durar toda a narrativa, Constância representando os
valores mais conservadores e Olga um mundo mais solto, sem preconceitos morais e
impregnado de cinismo. Constância interessa-se por um apartamento caríssimo, na
Avenida Ruy Barboza. Só o condomínio deste famoso prédio custará a seu filho
mais do que o aluguel de um bom apartamento. Herculano, o sogro, impede Felipe
de fazer mais essa loucura. Constância é levada a visitar um apartamento menor,
em prédio de quatro imóveis por andar. Diante da hipótese de ter que dar às
amigas, como endereço, um “apartamento 704”, Constância prefere o prédio de
Olga, garantindo que vai expulsar a antagonista do edifício. Com efeito, logo
ao se mudar, começa uma campanha para desmoralizar Olga e obrigá-la a deixar o
edifício. As duas brigam feio. Como vingança, Olga, que tem boas relações no
mundo da política, consegue o cargo de Altair para um protegido seu. E a guerra
entre Olga e Constância está lançada, para durar nossos 180 episódios. Na
segunda parte da narrativa, Olga vai viver uma difícil história de amor com
Lucas, um marceneiro charmoso, símbolo de simplicidade, homem extremamente
resolvido, de bem com a vida, totalmente contrário ao mundo de futilidade em
que vive a mulher por quem sente uma irresistível atração.
Araci (Betty Erthal)
Empregada de Olga. Devotada à patroa. Gosta
das coisas simples da vida, com um bom pagode com cerveja nos finais de semana.
Joel (Bileco)
Porteiro no prédio de Olga e
Constância.
Liliane (Alexia Deschamps)
A princípio, secretária de Felipe.
Depois, emprega-se na produtora de Rodolfo.
Germano (Rodrigo Mendonça)
Motorista de Felipe.
Jurema (Fernanda Young)
Empregada de Felipe e Stella.
Willian
Camargo (Antônio
Calloni)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoXW2yrQ9bNBNX1W8yQgTXJp6r-3R_ERgu5JhvwFQ-UwnUO-QiiF9FlDgqPnAX0ZxPNAg5MatYG06Y1v-tlL-7G2sFiV5acFSUzM5izKJqB5_9ZxVDcw4qt9K4ZNhyL95cqXE-P7wVHcSS/s1600/ODonoDoMundo%5B17%5D.jpg)
Arlindo (Otávio Muller)
28 anos. Jovem médico, muito tímido,
bom profissional, ambicioso. Trabalha na clinica de Felipe. Vai ser traído pelo
grande cirurgião e passar um tempo no estrangeiro. Quando voltar, vai
reencontrar um novo Felipe, derrotado, desprovido da arrogância que o
caracterizava. Vai perdoar o homem que o prejudicou e tornar-¬se, na segunda
parte de nossa história, um de seus principais companheiros.
Os
Pobres
Márcia (Malu Mader)
20 anos. A protagonista. Belíssima,
sensual, inicialmente não tem muita consciência de que exerce um grande
fascínio sobre os homens. Aparece na novela como moça vital, sorridente, ainda
um pouco criançona, um raio de luz que ilumina a telinha com seu sorriso,
alegria e entusiasmos juvenis. Seus pais morreram num desastre de carro quando
Márcia era muito nova. Foi criada pela tia e madrinha Nanci, uma boa senhora,
carinhosa mas docemente dominadora. Ao contrário da maior parte das moças de
sua idade, Márcia ainda é virgem. Nunca pensou muito em sexo. Nem mesmo em
amor. Quem lhe aponta estas particularidades, no primeiro capitulo, é sua
simpática vizinha e amiga Taís, a moça mais livre da rua onde moram, num
subúrbio carioca. Nanci nunca viu com bons olhos a amizade entre Márcia e Taís,
mas agora nossa boa senhora pouco tem a temer. Márcia está de casamento marcado
com Walter, um rapaz exemplar, vizinho delas, técnico em informática que
trabalha na clínica de nosso cirurgião plástico. Walter é um rapaz tímido,
extremamente convencional, antiquado, namora Márcia há quatro anos e não quer
ter relações sexuais com ela antes do casamento. Márcia aceita esta situação
sem grandes elaborações psicológicas. Rapaz honesto e trabalhador, Walter
parece ter diante de si uma bela carreira, porque conseguiu se tornar muito
cedo um excelente profissional no campo da informática. Walter e Márcia se
conheceram adolescentes, namoraram por uns três anos, ficaram noivos e estão de
casamento marcado quando começa a nossa história. Vão passar a lua de mel num
aprazível hotel-fazenda nos arredores do Rio. Márcia gosta do noivo e a única
pessoa, em seu reduzido círculo de amizades, que não vê neste casamento um
caminho certo para a felicidade é Taís, a jovem amiga com quem a madrinha de
Márcia não simpatiza. Taís acha que Walter é indubitavelmente um com rapaz,
apaixonado por sua amiga, mas tem certeza de que só isso não é suficiente para
que Márcia seja feliz. Considera a protagonista muito infantil, desligada de
valores essenciais para se tornar uma mulher realizada. Intui que Márcia não é
realmente apaixonada pelo noivo, apenas aceitou a corte que lhe fez Walter por
comodismo e total inexperiência. Porque, com efeito, Márcia pouquíssimo conhece
da vida. Quando terminou os estudos de segundo grau e sentiu vontade de
trabalhar, a madrinha Nanci logo lhe arrumou uma colocação numa creche. No
trabalho, Márcia é a alegria das crianças, a quem dá muito carinho, divertindo—se
como se fosse uma delas. Às vezes, este amor com crianças faz com que Márcia
tenha vontade de estudar Pedagogia, mas Walter, seu noivo, a influencia tara
que ela não se torne uma profissional. Se gosta de crianças, tem que ser antes
de mais nada mãe de família, pelo menos enquanto tiverem filhos pequenos, para
poder se dedicar integralmente à sua educação. Walter, o bom rapaz da rua, interessou-se
por Márcia assim coe ela estava em idade de namorar, foi ele por vários anos
sua companhia mais constante.
Quando a amiga Taís pergunta a Márcia,
às vésperas do casamento, em nosso primeiro capitulo, se ela ama o noivo,
Márcia, sempre muito honesta e pura, só sabe responder que gosta dele, sente—se
protegida do seu lado, não imagina o que mais possa desejar uma mulher. Taís,
apesar de jovem bastante vivida, sabe que uma mulher, com efeito, pode e deve
desejar muito mais, e que Márcia vai fazer um casamento cômodo porque não
conhece a vida, está-se deixando influenciar totalmente cor um noivo muito
convencional. Uma atração irresistível de Felipe, o protagonista, por Márcia e
o total desrespeito do grande cirurgião pelo “comum dos mortais” vão desencadear
acontecimentos que provam que Taís estava mais do que certa. Em vez da pacata
lua de mel de classe média que esperava Márcia, ela vai viver um drama com
epílogo trágico e vai ser humilhada por Felipe de forma contundente. Desta
humilhação, vai nascer uma nova Márcia, vingativa, amarga, decidida a
concentrar todas as suas forças em destruir o grande cirurgião. Esta personagem
rancorosa é quem desencadeia a história da novela.
Nanci (Ana Rosa)
45 anos. A típica carioca de subúrbio,
viúva simpática que se dedicou totalmente a criar sua sobrinha Márcia e seus
filhos Umberto e Beija-Flor (Guilherme). Viúva há poucos anos, trabalha como
funcionária do Museu da Quinta da Boa Vista. Nanci é ingênua, pura, orgulhosa
dos deliciosos pratos que faz para os almoços de domingo, muito distanciada do
mundo sofisticado em que vive a maior marte de personagens de nossa narrativa.
Vai se envolver bastante nos dramas da afilhada Márcia, a protagonista, e de
seu filho Beija-Flor, um jovem candidato a marginal, herói de trama paralela em
romance com Taís.
Judite (Yaçanã Martins)
37 anos. Colega de Nanci no Museu da
Quinta da Boa Vista a vizinha no bairro, frequenta a casa de Nanci.
Umberto (Marcelo Serrado)
Filho de Nanci, primo da protagonista
Márcia e irmão de Beija-Flor. Um bom rapaz. Apaixonado por música, e um bom
pianista, dá aulas de piano em casa. Tem grandes dificuldades profissionais.
Através dele, vamos tentar analisar a difícil do músico no Brasil. Durante uma
certa fase, por não conseguir se sustentar como músico, vai ser garçom a
exemplo de seu tio Darci. Umberto terá ligação romântica com a jovem Yara, do
mundo dos ricos.
Darci (Antônio Grassi)
40 anos. Irmão de Nanci. Garçom
profissional sem grandes ambições, bastante satisfeito com seu trabalho status.
Ajudou a irmã a criar os sobrinhos. Vai ter uma ligação profissional com a
personagem Olga, na casa de quem vai servir, em festas. Mais tarde, viverá um
romance difícil com Ester, uma mulher mais velha do que ele. A dificuldade da
relação não será a diferença de idades e sim a hierarquia social. Ester tem
situação financeira superior à dele, Darci é um machão que não vai se conformar
com a hipótese de sua namorada lhe pagar contas. Triângulo com a jovem Gilda,
do núcleo dos moeres.
Beija-Flor
(Guilherme) (Ângelo
Antônio)
26 anos. Jovem bonitão, filho de
Nanci, irmão de Umberto, primo da protagonista Márcia. Ambicioso, sonha com uma
vida melhor. Um pouco preguiçoso, não tem a forca de vontade de seu irmão
Umberto para vencer na vida. Através deste importantíssimo personagem de trama
paralela, queremos colocar no ar a pergunta “como não ser marginal num Dais
onde o salário mínimo e de cinquenta dólares por mês?” Beija-Flor e, na
verdade, um fraco. Para se locomover do subúrbio onde mora ao centro do Rio,
pratica o perigosíssimo jogo conhecido como surf ferroviário, quer dizer, viaja
de pé sobre o trem em movimento, arriscando a vida. É frequentemente tentado
pelo mundo da marginalidade, especialmente porque um colega de adolescência,
Ladislau, nosso personagem bissexto, vai fazer uma carreira vertiginosa no
mundo do crime. Desde o início, Ladislau estará sempre tentando levar
Beija-Flor para o caminho do mal, inicialmente apenas para ajudar em pequenos
furtos. Mas o crime não é a vocação de Beija-Flor.
Taís (Letícia Sabatella)
26 anos. Bonita, extremamente sensual,
a melhor amiga de Márcia ao longo de toda a novela. As duas foram colegas desde
meninas. No início do ginásio, Taís largou a escola para trabalhar, mas não
consegue se fixar em emprego, revoltada contra as poucas chances da mulher
pobre numa sociedade capitalista. No início da história, trabalha como
bilheteira de um cinema da Praça Peña. Muito ambiciosa, sonhou desde pequena
com o mundo dos ricos. Filha de Vicente, um motorista de praça vizinho de Márcia
e Nanci em nossa rua de subúrbio, e Almerinda. Vicente foi pai um pouco tarde,
psicologicamente é quase aquele avô carinhoso que sempre fez vista grossa para
os defeitos da filha e suas eventuais falhas de caráter. Mimou-a bem mais do
que necessário, não conseguiu ter qualquer tipo de autoridade sobre a filha nem
lhe passar seus princípios morais. A mãe, Almerinda, é passiva. O resultado é
que, quando começa a narrativa, Taís, a moça livre tão criticada pelas senhoras
da rua, está mesmo começando uma carreira de garota de programa, a partir de
encontros num inferninho de Copacabana, quando tem alguma necessidade
financeira mais urgente. Taís vai ter uma grande paixão por Beija-Flor, o jovem
candidato a marginal. A história de amor desses dois será nossa principal trama
paralela. Juntos vão tentar rejeitar suas inclinações negativas para vencerem
meio caminho do bem. Nenhum dos dois tem realmente má índole. Mas não vai ser
fácil. Pelo amor de Beija-Flor, Taís vai se empregar como doméstica na casa de
Olga. Ajudada por nossa alcoviteira, vai se transformar em neo-cortesã de alto
gabarito e, no meio da novela, fazer um casamento de conveniência com o
riquíssimo William e virar grã-fina - sempre assediada por Beija-Flor, o grande
amor de sua vida.
Vicente (Cláudio Corrêa e Castro)
53 anos. Pai de Taís e Gilda, morador
da rua de subúrbio onde residem nossos personagens piores. Motorista de praça
cheio de problemas financeiros, dirige carro de frota, ganhando bem pouco. Um
lutador, boa gente, meigo. Tem tendência a fantasiar um mouco a realidade,
dizendo sempre que está tudo bem ou vai melhorar amanhã. Muito orgulhoso de
suas filhas Gilda e Taís.
Almerinda (Beatriz Lyra)
48 anos. Mãe de Taís e Gilda, esposa
de Vicente. Dona de casa de universo muito limitado, adora o marido e as
filhas. Tem uma linda relação marido-mulher com Vicente, que ela sempre apoia
em tudo, admira, ama.
Gilda (Betty Gofman)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9yE2PGI93m2WnH_gwIQgglFQSd5r2FW70So7lcRGzdWLWFXyANRBvrGjPDIemCXUlbHqfuLi2jSszve7EFgHFw04ynjGrI-wtqK9oUeiD7LZsJlez-gzaA4w2b967qtbxNsKtCsWVB9Vu/s1600/oddm_2_940x590.jpg)
Terezinha (Tássia Camargo)
Sobrinha de Vicente, vem de Minas
Gerais para enlouquecer os homens de Madureira. Com jeito expansivo, despojado
e extremamente provocante, acaba por seduzir Júlio, por quem se interessa
durante o casamento de Taís e Willian. Com o administrador, inicia um
relacionamento clandestino muito divertido.
Walter (Tadeu Aguiar)
26 anos. Noivo de Márcia, a
protagonista. Rapaz extremamente antiquado, convenceu a noiva a permanecer
virgem até a noite de núpcias. Na verdade, é muito inseguro, ciumentíssimo, e
só se casando com uma virgem acha que pode ter a garantia de que jamais será
traído. Sério e estudioso, formou-se recentemente em informática. Funcionário
querido da clínica de cirurgia plástica de Felipe, o protagonista, cuida de
toda a manutenção dos computadores, bola novos programas, etc. Walter e Márcia
estão de casamento marcado O primeiro capítulo. Casa montada com todo o
conforto, no mesmo subúrbio do núcleo dos pobres. Talvez a obsessão de Walter
em se casar com uma virgem venha do fato de - vamos descobrir mais tarde - ter
sido ele, na adolescência, o primeiro homem da vida de Taís, que ele sabe estar
enveredando por caminhos nada virtuosos. Walter é ingênuo, puro, e tem
verdadeiro fascínio por seu chefe Felipe, o protagonista que despreza o comum
dos mortais. Participação especial cara os primeiros capítulos.
Tabajara (Jece Valadão)
Pai de Walter e Xará, funcionário da
Câmara dos Vereadores, situação financeira estável. Tem um grande orgulho do
filho Walter e é em sua casa que vai se realizar, no segundo capítulo a festa
de casamento de Walter e Márcia. Tabajara tem um caso com a vizinha Irene, bela
negra que ele não assume, em parte cor causa do convencionalismo de seu filho
Walter. Participação especial para os primeiros capítulos.
Xará
(Alfredo) (Jorge
Pontual)
24 anos. O outro filho de Tabajara.
Nunca foi estudioso como o irmão Walter. Não para em emprego e, como Beija-Flor,
vive tentado pelo mundo da marginalidade. Influenciado pelo vizinho boa praça,
Darci, está tentando a profissão de garçom. Ao contrário do irmão Walter, acha
perfeitamente natural que o pai se case com Irene, porque não tem preconceito
de cor. Gosta de Taís, a jovem vizinha barra pesada do bairro.
Irene (Maria Helena Pader)
45 anos. Namorada de Tabajara, com
quem sonha em se casar. Mora na mesma rua do núcleo dos pobres e trabalha como
contadora autônoma. Entre as firmas de cuja contabilidade Irene se encarrega,
está um inferninho de Copacabana onde Taís começa uma discreta carreira de
garota de programas. Logo no início, após a morte de Walter, vai ter a grande
realização de sua vida, casando-se com Tabajara. Mas o marido também vai
morrer. Viúva, Irene vai morar com o enteado Xará, com quem se dá muito bem.
Muito mais tarde, vai ter uma ligação afetiva com Altair, o marido de
Constância, com quem vai acabar se casando.
Ladislau
(Russo) (Tuca
Andrada)
28 anos. Jovem vizinho do núcleo dos
pobres, surge na novela como ladrão de carros, tentando atrair Beija-Flor e
Xará para o seu grupo. Vai se transformar num marginal notório, cuja ascensão a
novela vai acompanhar muito de longe. Não é um personagem constante em nossa
história. Participação especial.
Celeste (Cristina Galvão)
30 anos. Irmã de Ladislau,
participação especial.
Demais
Personagens
Ester (Odete Lara)
48 anos. Bonita mulher, viúva, dona de
uma chácara de plantas em Vargem Grande, perto de Jacarepaguá, mora com o irmão
Lucas, com quem tem uma bonita ligação afetiva. Precisa fazer uma levíssima
cirurgia plástica na clínica de nosso protagonista, que está tendo, no momento,
terríveis problemas pessoais. Por negligência, Felipe é descuidado em seus
exames pré-operatórios, o que quase leva Ester à morte, na segunda semana de
nossa narrativa. Mais tarde, a protagonista Márcia vai fazer com que Ester
denuncie este erro médico, um dos primeiros passos para a derrocada
profissional do grande cirurgião. Na segunda parte da narrativa, Ester vai
viver um difícil romance com Darci, o tio de Márcia, em triângulo com Gilda.
Lucas (Hugo Carvana)
55 anos. Marceneiro, irmão de Ester
com tem se dá muito bem. Um homem extremamente charmoso, bom profissional,
ganha muito bem a sua vida, trabalhando apenas para clientes com quem
simpatiza. Nos anos 63, Ester e Luzas, de família burguesa, tiveram uma grande
atração pelos valores difundidos pelo movimento hippie, rejeitaram a sociedade
de consumo, chegaram a viver em comunidade, o que só será revelado na narrativa
depois de um certo tempo. Cesta opção resultou a atual situação dos dois
irmãos: pessoas totalmente desligadas do mar de futilidade em que vive a maior
marte de nossos personagens. Aparentemente tosco, Lucas está, no entanto, muito
longe de ser um simplório, podermos até chamá-lo de sofisticado, à sua moda. Um
homem que optou por um individualismo saudável e pela simplicidade de vida, a
aproximação à natureza. Não faz media com as pessoas com quem não simpatiza,
diz sempre a verdade, só faz, na medida do possível, aquilo de que tem vontade.
Gosta muito de música, especialmente clássica. Rejeita totalmente hipocrisia e
frescura. Vai, no entanto, se apaixonar por Olga, que tem valores tão
diferentes dos seus, e os dois vão viver uma difícil relação de amor.
Otávio (Paulo Gorgulho)
Diretor geral de um hospital de Barra
Mansa, o cirurgião Otávio é sobrinho de Ester e Lucas. Deixa sua cidade para ir
ao Rio buscar auxílio de um deputado, para conveniar a instituição em que
trabalha. No entanto, ao passar pelo Alto da Boa Vista, debaixo de um forte
temporal, acaba encontrando Herculano acidentado, após bater uma árvore.
Realiza uma cirurgia de emergência no empresário, salvando-lhe a vida, e
ganhando a gratidão de Stella e o desprezo de Márcia, com quem antipatiza de
imediato. Ao longo da narrativa, no entanto, Otávio seduz Márcia, enquanto
confunde a cabeça de Stella. Ao final, envolve-se com Yara, com quem se casa.
Participações
Beatriz (Mara Carvalho)
Amante que Felipe dispensa logo no
início. Buscando uma vida de luxo, envolve-se com Herculano, que logo se enjoa
da moça.
Camargo (Nelson Dantas)
Pai de Willian. Português milionário
que morre durante estadia no Brasil, fazendo com que o filho venha pra cá e
conheça Taís.
Derval (Chico Diaz)
Bandido da turma de Ladislau, que
revela que Felipe aceitou operar o marginal mediante suborno.
Flávia
Araripe (Cláudia
Magno)
Amiga de ginástica de Stella, que se
envolve com Felipe. Chega a morar em um apartamento montado por ele, que Stella
descobre após a primeira armação de Márcia para desmoralizar o cirurgião.
Rubens (Dennis Carvalho)
Advogado que defende Felipe no
processo para revogação da suspensa de sua licença médica. Por fim, se envolve
com Márcia.
Sálvio (Ary Coslov)
Milionário com que Taís se relaciona,
no início da novela. É dele que ela recebe o dinheiro para abrir a loja de
pasteis. E também é através dele que Beija-Flor descobre que a namorada se
prostitui.
Tavares (Paulo Figueiredo)
Advogado que defende Felipe durante o
processo de divórcio do médico e de Stella.
Valdomiro (Jandir Ferrari)
Marginal que assalta o prédio de Olga
e Constância; também do bando de Ladislau.
Valéria
Renaud (Kate Lyra)
Atriz francesa que, por intermédio de
Vanda, decide se submeter a um procedimento cirúrgico com Felipe, auxiliando o
médico a recuperar seu prestígio.
Vanda (Lucinha Lins)
Colunista social especializada em
salvar carreiras. Auxilia Felipe no momento em que ele se vê envolvido na
cirurgia clandestina para mudar o rosto de Ladislau.
Adolfo (Ivan Cândido)
Hernandes (John Herbert)
Leila (Constância Lavíola)
Lopes
Rezende (Milton
Moraes)
Mariana (Betina Vianny)
Moraes (Tony Ferreira)
Odete (Patrícia Novaes)
E
ainda
Alceu (Nildo Parente)
Fernando (Jairo Mattos)
Gustavo / Pinta (João Signorelli)
Ismael (Jairo Lourenço)
Jacira (Cristina Ribeiro)
Lauro (Paulo Rezende)
Maria
Elisa (Ana Rosa
Aboim)
Suzana (Cristina Montenegro)
Valdir (Aloísio de Abreu)
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