Há quem acredite e afirme que o homem,
em sua essência, é bom. Se isso é verdade, como se explica esse desconserto de
um mundo que, no limiar do século XXI, repete com sofisticado aparato
tecnológico, as piores atrocidades do passado?
Existem também, no entanto, os que
acreditam exatamente no oposto, ou seja, que a própria história da humanidade é
feita pelos que devoram, de um lado, e pelos que só podem se deixar devorar
pelo outro.
Felipe (Antonio Fagundes), o nosso
protagonista, é um expressivo representante do primeiro grupo. Egoísta ao
extremo, vaidoso e narcisista, considera-se acima do bem e do mal, achando que
tudo lhe é permitido e lhe é devido. Para ele, as outras pessoas só existem na
medida em que satisfazem seus desejos e prazeres. Cirurgião plástico cujo
talento trouxe benefícios a muita gente, colocou seu sucesso profissional
apenas a serviço da sua satisfação pessoal, representante que é de uma elite
caduca, para a qual o comum dos mortais é lixo. Nas mãos de Felipe, as mulheres
são simples brinquedos descartáveis. Stella (Glória Pires), com quem é casado há mais de oito
anos, tem sobre as outras a vantagem da grande fortuna do pai.
Motivado por essas convicções, Felipe
vai interferir de maneira desastrosa na vida de Márcia (Malu Mader), jovem,
bela, vital, pura, um desses seres, enfim, que poderiam ter inspirado essa tal
crença na bondade essencial do homem.
Da sinopse original de O Dono do Mundo, escrita por Euclydes
Marinho, Gilberto Braga e Leonor Bassères, de janeiro de 1991.
Novela de Gilberto Braga
Escrita com Ângela Carneiro, Leonor Bassères, Ricardo Linhares e Sérgio Marques.
Colaboração de Aguinaldo Silva, Euclydes Marinho e Silvio de Abreu.
Direção de Dennis Carvalho, Ivan Zettel, Mauro Mendonça Filho e Ricardo Waddington.
Direção geral de Dennis Carvalho.
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