quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ESPECIAL

Você decide! E nós te ajudamos!
Tudo sobre as possíveis substitutas de História de Amor

História de Amor é, ao lado de A Viagem, a maior audiência do Viva desde que este entrou no ar, em 2010. Evidentemente, o canal não quer ver seus bons números minguarem após o capítulo final da trama de Manoel Carlos. Por isso, a reapresentação de Pecado Capital foi cancelada e a decisão quanto à próxima atração do horário caberá ao público.

No ar desde a última segunda (08), a enquete que irá decidir a próxima reprise do canal traz três novelas, todas elas exibidas na década de 90, com tramas distintas, mas que com um ponto em comum: são novelas leves, de fácil assimilação, voltadas para dramas pessoais de forte apelo, tais e quais as últimas produções levadas ao ar pelo Viva neste horário. Lua Cheia de Amor (1990), Despedida de Solteiro (1992) e Tropicaliente (1994), as novelas que disputam a sua preferência, são ótimas opções para a faixa das 15h30. E caso você ainda esteja em dúvida sobre o seu voto, por gostar de mais de uma das novelas concorrentes ou por não se lembrar direito de nenhuma delas, o Vivo no Viva vai te dar uma mãozinha. A partir de hoje, teremos um especial sobre as tramas que concorrem à vaga de História de Amor.

E para começar, vou evocar minhas lembranças pessoais sobre cada uma das novelas concorrentes. Espero que vocês, amigos leitores e fãs do Viva, sintam-se à vontade para relembrar bons momentos das tramas nos comentários, e escolherem a sua preferida.

Guardo na memória imagens tão “frescas” de Lua Cheia de Amor que, por muito tempo, pensei que a novela havia sido reprisada. Principalmente por me lembrar de assistir a trama com o dia ainda claro (e não sei se, em 1990, o horário de verão já estava em vigor). Hoje, acredito, essas lembranças devem vir do repeteco de algumas cenas no Vídeo Show. Susana Vieira, toda elegante, em um blazer amarelo; Marília Pêra quebrando o pau em uma loja de louças; Arlete Salles, tresloucada, gritando ao ficar presa em um banheiro com uma aranha. Adorava a abertura, que eu sempre achei curtíssima, bastante colorida e muito divertida. E a fita K7 com a trilha nacional, que uma tia minha adquiriu com uma vizinha, que vendia artigos do Paraguai e fitas piratas. Votaria em Lua Cheia de Amor por ser a mais a antiga dentre as concorrentes e pelo fato de nunca ter sido reprisada. Assim, poderia ver as cenas das quais me recordo e entender o contexto no qual elas se inserem. E poderia também ver a grande Bete Mendes em um papel diferente das "mulheres meigas e sofridas" que ela vem interpretando atualmente: a encrenqueira Emília, rival de Genuína (Marília Pêra), que popularizou a expressão “boca de aratanha”. Se não popularizou, ao menos entre nós, noveleiros que frequentávamos o antigo chat do blog Memória da TV, a expressão se propagou, graças ao meu amigo Guilherme Staush, que sempre recorria à ela.

Já de Despedida de Solteiro, guardo lembranças ainda mais fortes. Acompanhei a novela em 1992, mas, dessa época, pouco recordo sobre a trama. Lembro do anúncio nos finais do Xou da Xuxa, quando o locutor dizia, enquanto os créditos subiam, “Despedida de Solteiro. Hoje, seis da tarde. Assista agora...”. Lembro do encerramento da Escolinha do Professor Raimundo, seguindo para o início imediato de Despedida, em uma cena na qual Lenita (Tássia Camargo) bate à porta de Dona Dala (Léa Camargo), procurando por seu grande amor, João Marcos (Felipe Camargo). Léa era uma agradável presença nas novelas de Walter Negrão, na década de 90. Outra atriz de gabarito que me arrebatou nesta trama foi Lolita Rodrigues, com sua Emília Souza Bastos. Em todas as cenas, desde quando agia com autoridade com relação aos amigos do filho, até quando reagia acuada ao ser confrontada por Vitório (Elias Gleiser), que a chamava por Emilinha, Lolita deu show. Anos depois, em uma entrevista ao Programa do Jô, a veterana elegeu Emília como uma de suas melhores personagens, por nunca ter se imaginado vivendo uma milionária na tela da Globo. Viveu sim e com perfeição! Da reprise da novela, em 1996, guardo boas recordações. Meu pai, ao ver as chamadas, comentou: “Essa vale a pena ver de novo mesmo!”. Assisti um dos capítulos em uma TV em preto e branco, na casa de uma tia-avó, onde fui passar a tarde, o que, para uma criança acostumada com a TV a cores, foi uma experiência bastante divertida. Durante o repeteco, me afeiçoei à Marta, de Lucinha Lins (outra atriz que aprendi a gostar em Despedida). Adoro a cena em que Pedro (Paulo Gorgulho) lhe pede uma receita, apenas para confrontar sua letra com a do bilhete deixado no cesto em que ela abandonou Léo (Patrick de Oliveira), na porta da casa de Vitório. Despedida de Solteiro, certamente, merece o meu voto, pelo saudosismo que me causa e pela excelente trama que é.

Tropicaliente também vale por sua trama. O romance entre o pescador Ramiro (Herson Capri) e a empresária Letícia (Sílvia Pfeifer) me chamava a atenção, embora, desde o início, eu sempre tenha torcido para que Serena (da ótima Regina Dourado) reconquistasse o marido. A novela foi bastante negligenciada pela Globo. Deixou de ir ao ar por conta de alguns jogos da Copa do Mundo nos Estados Unidos, o que levou minha tia noveleira a protestar. Ela adorava tanto a novela que, quando as chamadas de Irmãos Coragem entraram no ar, exclamou “tomara que seja pra substituir a novela das oito” (na ocasião, Pátria Minha); e após ouvir “a nova novela das seis”, lamentou “ah, Tropicaliente vai acabar? É a única novela que presta atualmente”. Minha tia também adorava o nome Amanda. E eu desde sempre adorei Paloma Duarte, a intérprete de Amanda, mocinha que se jogava para cima do namorado da mãe, François (Victor Fasano). Quando ela perde um brinco na cama do arquiteto, rola o maior rebuliço! Tropicaliente me conquistou com suas chamadas, bastante elaboradas para os padrões da época. No primeiro capítulo, cheguei correndo da escola para conferir a estreia e o máximo que consegui ver foi a abertura. Já havia perdido o primeiro bloco! No Vale a Pena Ver de Novo, em 2000, anotava todas as cenas, de todos os blocos, relatando cenários e personagens. Estavam "escaletando" a novela e não sabia! Visitei as locações de Tropicaliente em 2012, numa viagem ao Ceará, e gostaria de revê-la, em especial, por este motivo: conferir no vídeo lugares tão paradisíacos, que não me recordo de ter visto na novela.


Enfim... Motivos para votar em qualquer uma das novelas não faltam. São três excelentes opções, que farão a alegria de qualquer noveleiro. É evocar o saudosismo, relembrar as tramas, ouvir de novo as trilhas sonoras e fazer, por fim, a melhor escolha. Nós vamos continuar te ajudando a tomar essa decisão!


A seguir, cenas do próximo capítulo!

Amanhã... Uma entrevista exclusiva com Ricardo Linhares, um dos autores de Lua Cheia de Amor, e o depoimento de Wesley Vieira, no #TeamLuaCheiaDeAmor. Não deixem de conferir!

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