terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


As próximas séries do Viva
Site divulga próximos títulos do canal, que deve preservar sua faixa de séries.

Bagunçou geral! Com o término de A Justiceira (terças) e SOS Emergência (quintas), e a estreia de Grandes Atores (quintas, 23h30), a linha de séries do Canal Viva sofreu um abalo, do qual só Mulher (exibida às quartas) e Carga Pesada (sextas) saíram ilesas. Separação?!, originalmente apresentada às segundas, passou a figurar nas terças-feiras, após o cancelamento de Delegacia de Mulheres, anunciada como a substituta da série estrelada por Malu Mader.

A faixa de séries turbinou a audiência do canal no horário, servindo como uma importante alavanca para a novela da meia-noite. A fixação do horário (de segunda a sexta, 23h10), é importante para a consolidação do público, que aumentou desde a adoção das séries. E lamento essa informação, apesar de celebrar o sucesso para o canal, uma vez que sou entusiasta do retorno das minisséries. Ainda assim, espero que em breve a linha de séries seja reestabelecida, retomando a forma como a conhecemos.

Pensando nisso, resolvi listar aqui produções que podem vir a figurar no horário e adequá-las ao dia da semana, considerando fatores como o perfil do público das séries já exibidas. Segundo o site Telemaníacos divulgou ano passado, o Viva já tem novos títulos à sua disposição. São esses que comentarei abaixo...

A comédia domina as segundas-feiras. Prova disso é a exibição neste dia de As Cariocas e Separação?!, agora veiculada às terças. Para substituir a série de Alexandre Machado e Fernanda Young, estrelada por Débora Bloch (Karin) e Vladimir Brichta (Agnaldo), nada melhor do que outro trabalho da mesma dupla. Macho Man, protagonizada por Jorge Fernando, traz as loucuras de Nelson, ou Zuzu (Jorge), gay assumido, que após ser atingido pelo salto de uma drag queen, passa a sentir atração por mulheres. Para manter sua reputação no mundo gay, Zuzu conta com a ajuda de Valéria (Marisa Orth), a amiga que sofre para recuperar a autoestima após deixar de ser gordinha. Jorge e Marisa arrasaram, muito bem assessorados, diga-se de passagem, pelo elenco secundário: Roney Facchini como Frederic, dono do salão de beleza no qual Zuzu e Valéria trabalham; Natália Klein como Nikita, a recepcionista gótica e tresloucada do salão; e Rita Elmor (que está em Separação?!) como Venetta, a ex-modelo alcoólatra que passa o dia jogando conversa fora no salão. Exibida em 21 episódios, Macho Man foi dividida em duas temporadas. A última, mais curtinha, contou também com a participação de Ingrid Guimarães, como Helô, uma das conquistas de Zuzu, que fica obcecada por ele, bem como pela inigualável escova que só o cabeleireiro é capaz de fazer nas lindas madeixas da moça. Com Ingrid, vieram José Augusto Branco e Helena Fernandes, com uma voz irritante, vivendo pai e madrasta de Helô. Macho Man é diversão na certa; ideal para começar a semana bem.


As terças costumam abrigar séries policiais, como Carandiru - Outras Histórias, Na Forma da Lei e A Justiceira. Certamente seria o dia ideal para Força-Tarefa, exibida recentemente em formato de telefilme no festival da TV Globo, Luz Câmera 50 Anos. O cotidiano de um grupo especial de policiais, designados para investigar crimes dentro da própria polícia, constitui a tônica de série, estrelada por Murilo Benício, irrepreensível como o tenente Wilson. Murilo veio muito bem auxiliado, diga-se de passagem, pelos membros de sua “equipe”: Milton Gonçalves (Capitão Caetano), Hermila Guedes (Sargento Selma) e Juliano Cazarré (Cabo Irineu), em seu início na Globo. Nem só de dramas policiais, no entanto, vivia Força-Tarefa. A conflituosa relação de Wilson com Jaqueline (Fabíula Nascimento) expunha o lado humano do policial, que chegou a ser afastado de suas funções por conta do vício em álcool, mote que abre a terceira temporada (exibida em 2011, após o afastamento involuntário de Benício por conta das gravações de Tititi). A figura do Capitão Jonas (Rogério Trindade), policial que tirou a própria vida ao ser flagrado em atividades ilícitas, também servia para humanizar Wilson, que confrontava sua realidade aos ensinamentos do padrinho suicida. Força-Tarefa veio no rastro do sucesso de filmes policiais, como Tropa de Elite. Talvez a semelhança com o padrão visto no cinema justifique seu sucesso. Eu, infelizmente, não acompanhei a série como deveria. Espero que o Viva possibilite uma nova exibição, para breve, na terça, como sugerido aqui ou em qualquer outro dia e horário.


Em sua segunda exibição no Viva (fora ao ar em 2010, logo na estreia do canal), Mulher arrebatou os telespectadores. A série vai muito bem, obrigado, mas o término é inevitável. E para continuar seduzindo o público feminino, nada melhor do que ocupar as quartas com Divã, outra produção que se debruça sobre o universo da mulher. Desta vez, a protagonista não está envolvida em dilemas médicos. O máximo de proximidade entre a área da saúde e Mercedes (Lília Cabral) é o divã do seu terapeuta, Dr. Lopes (que nunca foi visto pelos telespectadores). Divorciada, com dois filhos crescidos (Bruno, de Duda Nagle, e Thiago, de Johnny Massaro), e despontando como artista plástica, Mercedes se vê às voltas com o amor por um homem casado, enquanto desperta a atenção de seu vizinho viúvo, Jurandir (Marcelo Airoldi). Divã projetou Paulo Gustavo, aqui como Renê, cabeleireiro e confidente de Mercedes, e trouxe bons momentos ao longo de seus oito episódios, poucos diante da excelência do texto de Marcelo Saback e a precisa direção de José Alvarenga Jr., também responsáveis pela versão cinematográfica do livro de Martha Medeiros. Dentre os episódios, convém destacar ‘Vida real: dá pra inventar?’, em que Mercedes se surpreende ao descobrir que o filho Bruno está namorando uma conceituada atriz de TV, Dora (Gisele Fróes), bem mais velha do que ele. A protagonista ainda vive experiências como o reencontro com a turma de colégio e o namoro através de redes sociais. Divã merece, sem dúvida, uma reprise no Viva. E se vier para ocupar a vaga de uma série tão brilhante como Mulher, melhor ainda...


A Cura era um drama pesado de João Emanuel Carneiro, de narrativa excelente e elenco irretocável. Sua substituta, SOS Emergência, não fora digna dos mesmos elogios. Faltava graça às situações aparentemente cômicas que se desenrolavam no Hospital Isaac Rosenberg. Nada melhor então do que apostar no roteiro sagaz e nos entrechos hilários de Carlos Lombardi, autor de Guerra e Paz. A série levada ao ar originalmente em 2008 cairia como uma luva às quintas-feiras. Desvios de rota são a força motriz de diversas obras de Lombardi; aqui não poderia ser diferente: Bárbara queria ser uma renomada escritora e acabou como autora de livros de bancas de jornais; Pedro sonhou em ser jogador de vôlei, mas um acidente o levou para a polícia, onde se sente frustrado. Apaixonada pelo rapaz na adolescência, Bárbara fez dele a inspiração para conceber o herói de suas açucaradas estórias: Tony Tijuana. Quando se reencontram, passam a viver momentos de aventura e paixão, que contrastam ou complementam a ficção de Bárbara, hoje casada e à espera de seu primeiro filho (Winits estava grávida na “vida real”, no início das gravações). Exibido no ingrato horário das 23h, logo após o Globo Repórter, Guerra e Paz padeceu com o baixo número de televisores ligados, o que explica sua fraca repercussão. A série recorria a muitos signos que permeiam os trabalhos de Carlos Lombardi, como os descamisados, o que levou também a certa má vontade de crítica com o projeto. Resultado: Guerra e Paz passou despercebida. Tomara que o Viva nos dê a chance de apreciar este trabalho.


Carga Pesada é uma espécie de curinga do Canal Viva. Exibida em diversos horários, a produção estrelada por Antonio Fagundes (Pedro) e Stenio Garcia (Bino) sempre conquistou o público. Embora ainda haja uma boa leva de episódios pela frente, já podemos considerar uma possível substituta. Poderíamos abandonar a estrada e migrar para o nada aprazível cotidiano de uma revista de celebridades. A Vida Alheia, de Miguel Falabella, não dialoga com o mesmo público de Carga Pesada. Mas o sucesso em 2010, de público e crítica, certamente despertaria o interesse do telespectador em acompanhar novamente os dilemas éticos e morais vivenciados por Catarina Faissol (Marília Pêra), dona da publicação, e Alberta Peçanha (Cláudia Jimenez), editora-chefe. Enquanto desfilavam pela alta sociedade, atraem publicitários e convivem com pseudo-famosos da pior espécie, Catarina e Alberta administram o arrivismo da repórter Manuela (Danielle Winits), os pudores do fotógrafo Lírio (Paulo Vilhena) e os seus conflitos familiares: Catarina está se separando de Júlio (Carlos Gregório), por conta de um amante mais jovem do que ela; Alberta divide o interesseiro Tom (Guilherme Trajano) com a filha Paula (Kim Kamberlly). A Vida Alheia foi uma crítica ácida as publicações de fofocas, comumente associadas ao meio televisivo, dramatizando, inclusive, histórias reais, como a polêmica morte de Lady Di e o envolvimento do jogador Ronaldo em uma polêmica com travestis. De todas as séries que o Viva, supostamente, possui liberação, é, na minha humilde opinião, a melhor.


Caso as notas exclusivas do site Telemaníacos se confirmem, em breve teremos esses cinco títulos em exibição no Viva. É esperar pra ver!

Em tempo!

O Viva anunciou hoje a reexibição do seriado Sandy & Júnior. Boa pedida, embora já tenhamos acompanhado todos os episódios anteriormente. A atração substitui a insossa Flora Encantada, às 12h30, com horário alternativo às 08h30, a partir da próxima segunda, dia 16.

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